"A Chave de Salomão" abre portas de Espanha à Gradiva

José Saraiva, Eduardo Lourenço e João Lobo Antunes são as próximas apostas da editora, que dá os primeiros passos no mercado vizinho com Rodrigues dos Santos.
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"É o meu capricho espanhol", começa por afirmar o editor Guilherme Valente, fundador da Gradiva, quando explica a sua recente entrada no país vizinho com o último romance de José Rodrigues dos Santos, A Chave de Salomão, traduzido para castelhano. Valente reconhece que há duas razões fundamentais na sua decisão de dar este salto, com a chancela Gradiva Ibérica. Por um lado, a económica, "porque é cada vez mais difícil vender livros de qualidade em Portugal, o mercado é pequeno e assim entramos num outro muito maior". E por outro lado, a razão cultural: "Estamos cada vez mais próximos e demorámos a entender que a nossa fronteira é psicológica."

Para o editor, a verdadeira notícia não é a aposta da Gradiva no mercado espanhol, mas antes a ausência de editoras nacionais em Espanha, "ao contrário do que as editoras espanholas fizeram, ao entrar no nosso país". Espera ser bem recebido e, tal como fizeram em Portugal, "mudar o interesse pela ciência também em Espanha". Classifica a entrada neste novo mercado como "tranquila, passo a passo, mas com muitas ideias". Primeiro é preciso ver como são as vendas de A Chave de Salomão. E, para Guilherme Valente, "20 mil exemplares não estaria mal". Um romance que em Portugal já vendeu 115 mil livros e em França está próximo dos 400 mil.

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